Os indicadores econômicos do Paraná são expressivos de um estado que justifica a importância da região sul no contexto nacional. Além do vigor do agronegócio, setor em que os paranaenses dão exemplo de competência e superação para investimentos, a produção industrial segue em expansão apesar do momento de apreensão.
Segundo o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), o estado “constitui a quinta maior economia do País, respondendo por cerca de 5% da população nacional. Sua economia apresenta marcante perfil agroindustrial, do qual despontam a produção de grãos como soja, milho e trigo”.
O processamento desses grãos agrega valor nas áreas de óleos vegetais, laticínios e de proteína animal, com destaque à produção de carne de aves. Na área industrial, o estado se mostra diversificado, com a produção de bens de consumo não duráveis, de insumos e bens duráveis, de automóveis a máquinas e equipamentos.
O clima de incertezas gerado pela pandemia começa a se desfazer com o avanço da vacinação e com a retomada dos investimentos para o Paraná. Pelo menos três grandes empresariais anunciaram aporte de recursos de quase R$ 3 bilhões em novas plantas produtivas.
São R$ 2,6 bilhões da Klabin para a instalação de uma máquina de papel cartão; R$ 292 milhões da BRF para modernizar seis plantas agroindustriais; e R$ 55 milhões da Gerdau para retomar a produção de aço em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba.
Outro investimento consistente também foi anunciado este ano por seis cooperativas que formam o Consórcio Intercooperação. O grupo vai investir R$ 1,5 bilhão em uma fábrica de processamento de malte para indústria cervejeira. O empreendimento será erguido em área entre as cidades de Carambeí e Ponta Grossa.
A área total destinada ao plantio da cevada, que é um dos principais insumos para a produção do malte, vai chegar a 100 mil hectares, alcançando outras regiões do estado. A produção anual de malte estimada é de 240 toneladas, cerca de 15% do volume do consumo atual no País. O faturamento esperado é de R$ 1 bilhão/ano.
“São notícias que chegam em boa hora porque a economia volta a dar sinais de recuperação. Estamos avançando com os cuidados necessários na saúde, investimentos públicos, principalmente na infraestrutura, e um bom ambiente de negócios”, disse o governador Ratinho Junior.
O governador também destacou o fato dos investimentos mostrarem a força da produção paranaense em segmentos diferentes. A Klabin trabalha com papel e celulose, a BRF produz proteína animal e a Gerdau trabalha com indústria pesada (aço e minério de ferro).
(Com informações da AEN)