A torcida se despediu do Maringá com longa salva de palma ao final do jogo contra o Athlético na noite de sábado no Estádio Willie Davids. A derrota por 2 a 0 deixou o time muito distante do sonho de avançar para a final do Campeonato Paranaense. Reverter o placar na casa do adversário no próximo domingo é missão quase impossível, mas ainda resta o sonho. O último título conquistado pela cidade, pelo Grêmio que busca o renascimento, foi em 1977. Em Cascavel, a equipe da casa recebeu o Operário e adiantou sua classificação com 2 a 1, resultado que dá margem para acreditar na decisão título. O Cascavel dividiu a taça de campeão do Paranaense em 1989, em polêmica partida.
Com os dois gols anotados no segundo tempo, o Athlético confirmou não só a invencibilidade, como o favoritismo. Com apenas um empate em 1 a 1 na competição, exatamente contra seu maior rival, o Coritiba, o Furacão segue na missão de conquistar mais um título Paranaense, o 27º de sua história. A vitória fácil sobre o Maringá, um pouco diferente da primeira vez em que os dois times se enfrentaram no campeonato, quando o Athético venceu por 1 a 0, em Curitiba, reafirmou convicção de que estrutura e tradição rima com bom futebol. Depois de pressionar os visitantes, o que sempre fez em casa, o Maringá relaxou e tomou os dois gols que praticamente selaram o destino do time no Paranaense.
O Athlético, em que pese sua performance no campeonato, com apenas um empate, não fez apresentação digna de sua trajetória. Perdeu um pênalti confirmado pelo VAR, estreante em competições do Paranaense, e tomou pressão do Maringá em diversos momentos da partida. A história mudou com a entrada do jovem Vítor Roque, de 18 anos, recém-completados e já perto de deixar o país. O jovem atacante interessa a diversos clubes europeus, entre eles o Barcelona. Não por acaso está entre os convocados para a seleção brasileira que faz amistoso contra o Marrocos no próximo sábado, 25. Participou da jogada do primeiro gol, anotado por Erick, cravou pênalti desperdiçou por Cuello e deu assistência para Alex Santana marcar. Desta vez, a estrela e talento do goleiro Dheimison não brilharam.
A torcida praticamente calou-se no primeiro gol do Athlético e ficou em silêncio no segundo, quando se esperava exatamente o contrário. Até a torcida organizada baixou as bandeiras, deixando o time sem o estímulo esperado para tentar reverter o placar, ou pelo menos reduzir a vantagem do adversário para o jogo de volta. Apesar desse intervalo, os torcedores se levantaram ao final da partida não apenas para deixar o estádio, mas para aplaudir o time. Por longos minutos, o que se ouviu foram gritos de ‘Maringá’ e aplausos, retribuídos pelos jogadores com gestos de carinho, mas incontida decepção pelo resultado. A compreensão de que ganhar na Arena da Baixada, com três gols de diferença, é desafio difícil de ser superado. Resto do consolo da Copa do Brasil, onde os maringaenses colecionam duas vitórias.