O prefeito eleito, Silvio Barros, decidiu não reformar o organograma aplicado pelo atual mandatário, Ulisses Maia, e segue indicando nomes para o primeiro escalão, formado por 33 estruturas entre secretarias e outras denominação, como agências (de regulação e de inovação) e superintendência (aeroporto), coordenadoria (Procon) e presidências ( Maringá Previdência e Instituto de Planejamento Urbano – Ipplam). Procuradoria-Geral e chefia de Gabinete também têm status de secretaria, e salários equivalentes. Ao longo da atual gestão, o tamanho da ‘máquina’ foi crescendo, contrariando o discurso inicial do prefeito Ulisses Maia que, em 2017, assumiu compromisso exatamente contrário.
Reforma
Silvio Barros já indicou que o cronograma será mantido pelo menos por seis meses, sugerindo que após esse período promoverá alguma reforma, necessária e esperada para readequar os objetivos não apenas da gestão, mas também de inovação e, eventualmente, de economia. Já adotou algumas medidas, como indicar um único secretário para duas pastas
Desafio
Bom exemplo disso são secretários únicos para as secretarias de Infraestrututura e de Limpeza Urbana (Seinfra e Selurb), para a qual foi nomeado Vagner Mússio, e Mobilidade Urbana e Segurança (Delegado Luiz Alves). Reorganizar a estrutura administrativa, talvez para torná-la mais enxuta, eficiente e econômica, estão entre os desafios do futuro prefeito.
Agenda
Outras demandas já devem estar na agenda, como enfrentamento mais qualificado no manejo da arborização, tema que ganhou algum relevo na campanha, mas sem a contrapartida de propostas inovadoras. Sílvio Barros propõe terceirizar o manejo num modelo ainda não detalhado.
Urgências
Entre as urgências, está a remoção de árvores com laudos que justificam o procedimento. Os dados são imprecisos, mas estima-se em pelo menos cinco mil o número de árvores que esperam pelo corte, considerando riscos de queda. A modernização do manejo passa por compreensão mais refinada da sanidade da arborização.
Riscos
O tema ganha urgência na perspectiva dos riscos climáticos, que expõem a cidade à frequência mais comum de ventos fortes, com impactos diretos na arborização e às suas consequências, com quedas que afetam fiação e o fornecimento de energia, para ficar apenas num dos aspectos mais relevantes do problema.
Gestão
Nesse contexto, a futura gestão deve dispor-se ao enfrentamento de outro problema: o alagamento de vias por conta da incapacidade do sistema de drenagem em escoar o excesso de chuva. Estudos apontam a existência de pelo menos 40 pontos que, de forma recorrente, alagam e causas transtornos à mobilidade.
Atenção
O repertório de demanda é extenso e para preservar a qualidade de vida, tão valorizada pelos índices, é preciso atenção pontual para a agenda básica nas áreas de saúde (consultas e exames especializados), educação (vagas em creche), segurança (prevenção e combate da criminalidade), zeladoria (limpeza urbana) e transporte coletivo (manutenção da tarifa baixa com subsídio).
Cartilha
O esforço tático na manutenção da cidade é cartilha, que deve ser reforçada com ações estratégicas para construir uma cidade cada vez melhor, com planejamento inovador. Em se considerando seus dois primeiros mandatos, Sílvio Barros deve fortalecer vínculos com a sociedade civil organizada, bem diferente de Ulisses Maia.