Revitalização de espaços públicos é investimento em convivência e segurança

Ao entregar a reforma de mais uma praça, o prefeito de Maringá, Ulisses Maia, reforçou conceito de devolver o espaço público ao usufruto do cidadão, compromisso assumido no primeiro mandato e cumprido com diversas intervenções. A última, a Praça Ivaí, assim conhecida em função de nome de posto homônimo das proximidades, já é observada como a mais estilosa entre as reformas já feitas pela gestão. Monumento no formato de triângulo com cascata, reverencia espaço público histórico, localizado ao final da avenida Brasil, e cartão de visita para quem chega à cidade via PR-317.

Oficialmente Praça Geoffrey Wilde Diment, homenagem a agrimensor inglês da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, empresa responsável pela colonização da região, o espaço reivindicava a intervenção há tempos e ao longo de um ano foi revitalizado, ao custo de pouco mais de R$ 1 milhão. Aliás, custo e tempo alimentam críticas à administração em relação à reforma de praças, que absorvem mais recursos via aditivos em relação ao custo original da licitação, assim como prorrogação no prazo de entrega. Importante lembrar que são duas situações sujeitas a regras de licitação.

Ainda que o debate sobre essas questões seja relevante e oportuno, em e tratando de recursos do cidadão, é necessário reconhecer que os investimentos em recuperação de espaços públicos são fundamentais na manutenção de áreas urbanas que referendam a convivência das pessoas. Desde a revitalização da Praça da Glória, utilizada como ponto de encontro de boa parte dos moradores dos jardins da Glória e Liberdade, em novembro de 2018, a prefeitura diz ter gasto cerca de R$ 12 milhões. Nesse valor estão incluídas a reforma das praças do Jardim Tokio, Rocha Pombo, Napoleão Moreira da Silva, Todos os Santos, Emiliano Perneta, a Farroupilha e 7 de Setembro.

A instalação de equipamentos, como brinquedos e bicicletário, formalizam um espaço de uso comunitário que transcende a simples recuperação do espaço para despertar o sentimento de pertencimento. A promoção da integração social também passa pela segurança, ao transformar áreas públicas degradadas em espaço organizado e bem iluminado, desencorajando desocupados e práticas de ilícitos, como consumo drogas. Nesse aspecto em particular é necessário evocar a urgência da reforma da Praça Raposo Tavares, histórico espaço urbano cuja revitalização está inserida num ousado projeto que alcança o chamado Eixo Monumental.

Seria minimizar a marca da gestão do prefeito Ulisses Maia, ainda na metade do seu segundo mandato, atribuindo-lhe a reforma de praças como referência fundamental de sua passagem pelo cargo, considerando um conjunto de intervenções urbanas feitas em sua administração, mas essa seria uma boa característica a ser lembrada.  Claro que é necessário apressar a execução de obras, valorizando também praças da periferia, muitas que precisam ser posicionadas no topo da lista de urgências, mas o plano de revitalização urbana aplicado na gestão Ulisses/Scabora merece ser reconhecido pela extensão e importância. Em tempo: reforma de praças não é gasto; é investimento, necessário e sempre muito bem vindo.