O ranking que lista as instituições de ensino superior que mais produzem pesquisa destaca as Universidades Estaduais de Maringá (UEM) e de Londrina (UEM). A lista é elaborada pelo Centro de Estudos em Ciência e Tecnologia (CWTS, na sigla em inglês), da Universidade de Leiden, na Holanda. Os estudos do CWTS Leiden Ranking 2021 avaliaram a produção científica no período de 2016 a 2019.
Nesta edição, foram ranqueadas 1.225 universidades de 69 países em diferentes continentes. O Brasil classificou 31 instituições entre as mais bem avaliadas. Para o superintendente estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, esse ranking representa uma perspectiva multidimensional do desempenho universitário paranaense.
“Os resultados refletem as políticas governamentais voltadas ao fomento e fortalecimento da pesquisa aplicada, com foco no desenvolvimento tecnológico, econômico e social”, afirma Bona. Ele destaca que o Paraná é um dos estados que, proporcionalmente, mais investem em educação superior no Brasil.
Aldo Bona enfatiza que o governador Carlos Massa Ratinho Junior apoia iniciativas que fortalecem a autonomia universitária com responsabilidade e transparência. A ideia é que as universidades estaduais do Paraná se consolidem como instituições de fomento ao desenvolvimento regional.
Ao longo dos últimos anos, foram lançados vários programas de apoio à pesquisa, à inovação e à extensão, voltados ao desenvolvimento econômico e social e à melhoria do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) no Estado.
Os dirigentes da UEM e da UEL ressaltam a importância da pesquisa científica na formação técnica e profissional, para além das aulas convencionais.
“A pesquisa científica é fundamental para encontrar respostas e soluções em um mundo baseado, cada vez mais, em incertezas, assegurando um planeta mais sustentável, mais justo e mais próspero”, afirma o reitor da UEM, professor Júlio César Damasceno.
“Todo conhecimento gerado nos projetos de pesquisas é agregado aos cursos de graduação, contribuindo para a melhoria do ensino superior”, afirma o vice-reitor da UEL, professor Décio Sabbatini Barbosa.
No tópico impacto científico, a UEM e a UEL ocupam as posições 795 e 958 do ranking, respectivamente. Considerando somente as instituições brasileiras, as duas estaduais paranaenses estão classificadas em 18º e 23º lugares. No caso da UEM, são 1.560 artigos publicados no período, 41,8% (653) estão entre os melhores do mundo (top 50%), conforme as áreas do conhecimento. Já na UEL, dos 1.121 artigos publicados, 43,3% (524) estão entre os melhores do mundo.
Em relação ao item colaboração, que analisa as parcerias interinstitucionais, internacionais e com a indústria para a produção de artigos, a UEM e a UEL aparecem nas colocações 911 e 1.018. Ainda nesse quesito, entre as demais universidades brasileiras mais bem avaliadas, dentre as 31 instituições classificadas, as estaduais do Paraná aparecem em 24º e 30º lugar.
Tais resultados são os mesmos da análise de artigos publicados na modalidade de acesso aberto, que compreende a disponibilidade e gratuidade de acesso por qualquer pessoa aos resultados de pesquisas científicas, sendo alternativa ao modelo tradicional de publicação, que restringe o acesso ao conteúdo, por meio do pagamento de assinaturas.
O último ponto avaliado considera a quantidade de artigos publicados por gênero, critério que posiciona UEM e UEL nas colocações 588 e 706 da classificação geral. No Brasil, elas estão ranqueadas em 17º e 23º lugares. Esse indicador contempla o número de mulheres autoras de artigos, assim como a proporção relativa ao total de autores vinculados a cada uma das universidades. (Com informações da Assessoria da UEM)
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