Os prefeitos da região de Maringá estarão mais atentos ao número de doses destinadas a cada cidade a partir da nova remessa enviada ao estado pelo governo federal, que começa a ser distribuída pela Secretaria de Saúde. São 324.510 doses encaminhadas aos grupos prioritários e população em geral acima de 40 anos.
A atenção é convergente com a mobilização de municípios da região de Maringá, que criou uma comissão, elaborou documento e o entregou ao secretário de Saúde, Beto Preto. Prefeitos cobram atualização dos dados populacionais de seus municípios, critério fundamental para a distribuição de vacinas.
Levantamento feito por entidade representativa dos municípios indica que entre 2010 e 2020, muitas cidades da região experimentaram um crescimento populacional acelerado. Floresta, por exemplo, dobrou de tamanho. Segundo o IBGE, o município tem 6.851 habitantes.
Mas a prefeitura do município, com base no número de ligações residenciais de água, calcula que são 13,5 mil habitantes, considerando a relação de 3 pessoas por domicílio. Reproduzido em Mandaguaçu, a situação se repete: seriam 37,5 mil habitantes contra 23,1 mil considerados pelo IBGE.
Beto Preto se comprometeu em levar a demanda para o Ministério da Saúde, que já avalia a demanda de várias outras regiões do país, igualmente afetadas pela distribuição de vacinas com base em dados populacionais defasados. Mas o problema não deve se resolvido a curto prazo.
A comissão “Mais Vacinas” é formada pelos prefeitos de Marialva, Victor Celso Martini, presidente; Suzie Aparecida Pucillo Zanatta, de Astorga; Carlos Eduardo Armelin Mariani, o Duda, de Atalaia; Ivonéia de Andrade Aparecido Furtado, a Enfermeira Ivonéia, de Mandaguari; Ulisses Maia, de Maringá; Marcondes Araújo da Costa, o Doutor Marcondes, de Munhoz de Mello; e Moacir Olivatti, de Nova Esperança.
O censo de 2020 foi adiado em função da pandemia e deveria ter sido realizado este ano, o que não vai acontecer depois que o orçamento para execução do levantamento sofre corte de 96%. O custo do projeto, de R$ 2 bilhões, estava previsto no orçamento, mas foi reduzido para cerca de R$ 50 milhões. Portanto, não será feito este ano.
O questionário do censo seria aplicado em 71 milhões de domicílios brasileiros, com 26 questões. Já o questionário da amostra, aplicado em 10% dos domicílios particulares do país, seria mais aprofundado, com 76 questões. A pesquisa ainda mede os níveis de educação, empregabilidade e renda dos brasileiros.
O censo de 2010, realizado de forma eletrônica, com pesquisadores utilizando computadores portáteis, apontou população de 190,7 milhões de habitantes no país. Informação não exatamente demográficas são levantadas pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada pela primeira vez em 1967.
Até 2016 os resultados eram contabilizados anualmente. Agora é trimestral. Os dados acumulados refletem a situação do ano. Não tem valor censitário, já que se destina a mostrar oscilações no comportamento do mercado de trabalho e outras informações relevantes para o planejamento socioeconômico.