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Mudanças climáticas exigem cada vez mais estruturação da Defesa Civil

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Homens e mulheres de coletes laranja costumam aparecer nas ruas imediatamente após algumas mudanças climáticas mais danosa. A mobilização começa antes do episódio acontecer, quando o alerta meteorológico aciona protocolos de prevenção para evitar prejuízos maiores, entre eles a perda de vidas.

 

São profissionais da Defesa Civil ou voluntários que se juntam ao esforço para atender situações extremas, que exigem intervenção em diversos níveis, de orientação à distribuição, por exemplo, de telhas e lonas nos casos de destelhamento de casas. Cada vez mais esse trabalho tem sido exigido, culpa de mudanças climáticas.

 

 No início dos anos 2000, uma série de encontros realizados em diferentes capitais e cidades do país discutiram mudanças climáticas e a necessidade dos governos, nas três instâncias de poder (municipal, estadual e federal), organizarem estratégias para dar suporte às suas populações nos casos de desastres naturais.

 

Especialistas apontam que o aumento de temperatura em todo o planeta criou as condições para fortes tempestades, com consequências previsíveis. Daí a necessidade de criar infraestrutura para socorrer pessoas em situação de risco. Na verdade, o alerta fora acionado mais de uma década antes em evento internacional. 

 

Em 1988, um relatório apresentado no Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas fazia previsões pessimistas sobre o aumento do calor em todo o planeta. O documento apontava riscos para Europa e Estados Unidos, mas era inconclusivo em relação ao hemisfério sul. Isto mudaria isso nos anos seguintes.

 

Vendavais se tornaram mais rotineiros e, ainda que os alertas meteorológicos tenham alcançado patamar muito confiável, os estragos causados permanecem devastadores. Maringá é bom exemplo de como ventos fortes impactam a vida das pessoas. Quedas de árvores ainda não causaram vítimas, mas geraram prejuízos enormes.

 

Sem entrar no mérito da necessidade urgente de manejo da arborização, aplicando de fato plano já elaborado num esforço conjunto de profissionais do município e da Universidade Estadual de Maringá (UEM), o fundamental é manter a estrutura da Defesa Civil sempre atualizada.

 

 O coordenador da Defesa Civil em Maringá, Adilson Costa, explica que a cidade é referência regional pela qualidade e eficiência de sua atuação. “Estamos bem estruturados e nos mobilizamos muito rápido em caso de necessidade, com um grande número de pessoas, entre profissionais e voluntários”, afirma.

 

Paraná tem um dos serviços mais bem estruturados do país

 

A Defesa Civil paranaense é reconhecida nacionalmente como uma das mais bem equipadas do País, principalmente em função do trabalho que desenvolve em parceria com os municípios em todas as fases do atendimento – preventivo e emergencial. Desde 2019 aplicativo permite aviso de imediato de uma situação de desastre

 

O órgão conta com uma série de ferramentas de monitoramento e alertas meteorológicos, comunicação em casos de desastres e o cadastro das áreas de atenção no Estado, que permitem um trabalho mais eficaz de prevenção. Desde 2017 a Defesa Civil emite alertas regionalizados com mensagens instantâneas via telefone celular

 

Bombas alemãs determinaram criação do sistema de defesa nos anos 1940

Não foi um evento climático que determinou a criação da Defesa Civil, organização convocada para socorrer cidadãos em situações extremas. As primeiras iniciativas remontam ao início da Segunda Guerra, quando Londres, a capital inglesa, castigadas pelas bombas alemãs, adotou as primeiras medidas de proteção das populações civis.

 

O Brasil seguiu exemplo após afundamento de dois navios em sua costa por submarinos nazistas, deixando mais de 50 mortos. Surgia no país o Serviço de Defesa Passiva Antiaérea, logo renomeada para Serviço de Defesa Civil, sob a supervisão da Diretoria Nacional do Serviço da Defesa Civil, do Ministério da Justiça e Negócios Interiores.

 

No Paraná, a Defesa Civil foi criada em dezembro de 1972, hoje subordinada à Casa Militar. Em 2013 foi instituído o Regulamento do Sistema Estadual de Proteção e Defesa Civil, do qual o órgão central é Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil,   subordinada diretamente ao Governador do Estado.


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Redação

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