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Maringá poderá ter prédio de até 699 metros de altura

Maringá poderá ter prédio de até 699 metros de altura, prevê projeto que tramita na Câmara de Vereadores

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Projeto dos vereadores Mário Hossokawa e Sidnei Telles, de Maringá, propõe que a cidade estique em mais 49 metros o tamanho de seus edifícios. A iniciativa permite o alongamento para promover maior ‘adensamento populacional e melhor uso do solo’, justificam os parlamentares. Na prática, o projeto autoriza que os prédios tenham mais 15 andares. 

 

Pelas regras atuais, as construções não podem ultrapassar os 650 metros de altura em relação ao nível do mar. Caso o projeto supere os obstáculos legais dentro do legislativo, passe em votação pelo plenário e seja sancionado pelo Executivo, a altura dos edifícios vai alcançar 699 metros.

 

História por trás do crescimento de até 699 metros de Maringá

 

No final dos anos de 1970, havia entre Maringá e Londrina uma disputa pelo protagonismo urbano. Começou nos gramados, nos confrontos entre times de futebol, para ganhar outros contornos, entre eles a verticalização. Londrina crescia mais e a brincadeira até sugeria lei para que o município fosse impedido de continuar a construir prédio. 

 

O motivo era : estava aumentando o tamanho das sobras em Maringá. Havia algo saudável no debate enquanto não cruzasse a linha do bom senso, como ocorreu em brigas pela disputa de títulos. As torcidas de Grêmio e Londrina costumavam se ‘estranhar’ e não raras vezes partiam para o confronto físico, com feridos de ambos os lados.

 

Piada e conflitos pelo desempenho dentro das quatro linhas ficaram no passado. Apesar de Londrina ser maior em população, Maringá chama para si o título de melhor cidade. Sem entrar no mérito desse discurso, a verdade é que Maringá cresceu para cima numa velocidade impressionante. O fenômeno que serve de referência para localizar esse momento na história ocorreu na primeira metade da década de 1980, quando foram quebrados seguidos recordes. 

 

Apesar das enormes dificuldades econômicas daquela década, as medidas de combate à inflação decretadas no início de 1986 vitaminaram o setor da construção civil, que naquele ano construiria mais de 1 milhão de metros quadrados, recorde quebrado somente quase três décadas depois.

 

O ritmo da verticalização urbana oscila de acordo com o vigor da economia, mas a cidade não para, pontuando de edifícios toda sua área geográfica, avançando, inclusive, sobre bairros outros pacatos, com características bem próprias, como a Vila Operária (Zona 3). O grande volume de prédios erguidos e que se erguem no bairro desfigurou seu aspecto bucólico, reforçando a expansão contínua da cidade e a força do mercado mobiliário. 

 

A Zona 2 permanece intocável, ou seja, a proibição da construção de prédio mantém o bairro com suas características originais, com casas de arquitetura conservadoras, representativo de sua ocupação, promovida basicamente por proprietários rurais. Isso explica o uso comum de tijolos à vida e porque recortes na fachada. No entanto, a pressão para permitir a construção de prédios no bairro é intensa.


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Redação

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