Maringá perde gols, chance de ir à final do Paranaense e cidade segue há 46 anos sem o título

Entre torcedores mais apaixonados e, portanto, pouco racionais, havia margem para sonhar com uma vitória do Maringá em Curitiba. Não apenas vencer, mas superar o adversário com os gols necessários e sair de campo classificado para enfrentar o insuspeito Cascavel na final. Claro que a missão era impossível e assim se tornou depois da derrota em casa, no jogo de ida da semifinal do Campeonato Paranaense, com goleada de 2 a 0. Não veio nem 3 e nem 2 gols, que poderia levar a partir para os pênaltis. Derrotado por 1 a 0, o Maringá se despediu da competição de forma melancólica, superado pelo invicto Athlético, time modesto e que não deve ir muito longe na Libertadores.

A trajetória do Maringá na competição foi incensada pelo apoio da torcida e da imprensa, dupla fundamental para ascensão de um time. Em campo, em que pese a estrutura tática bem desenhada pelo técnico Jorge Castilho, a equipe rendeu bem diante de adversários do mesmo nível, mas se especializou em perder gols. Aliás, essa é uma das virtudes do time da casa, cuja dificuldade em converter boas jogadas em gols merece estudo mais detalhado. Na verdade, é um time limitado, com poucas opções de banco, e avançou até o muro na competição. Superar o Athlético não seria uma façanha, mas apenas mais um time a ser vencido.

Isso porque o time da capital não foi assim tão superior em nenhuma das três partidas em que enfrentou o Maringá. Ganhou de 1 a 0 na capital na fase de grupos do torneio, 2 a 0 e 1 a 0 na semifinal. E nos três jogos os maringaenses perderam gols como se não fosse necessário vencer. Resta agora a Copa do Brasil, onde a equipe já superou dois times sem expressão alguma (Sampaio Correa – 2 a 0 e Marcílio Dias – 2 a 1) e aguarda o sorteio para conhecer os próximos adversários. O entusiasmo das duas primeiras partidas, contra adversários que capengavam nos torneios estaduais (Maranhão e Santa Catarina) será testado contra equipes mais robustas. Vereamos!