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Marialva vê área plantada com uva Encolher pela falta de mão de obra

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Marialva vê área plantada com uva Encolher pela falta de mão de obra

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Na última década, a área plantada de uva em Marialva encolheu de 1,6 mil hectares para cerca de 400 hectares. Reconhecida como ‘Capital da Uva Fina’, exatamente pelo espaço ocupado pela fruta, o município ainda se mantém entre os maiores produtores do Paraná. A redução dos parreirais está associada à falta de mão de obra, cada vez mais escassa.

 

Cultura exigente em tratos manuais, portanto, que demanda mão de obra, o cultivo da uva recuou no município também pelo envelhecimento da população do campo. Muitos produtores não conseguiram repassar aos filhos o gosto pela terra e, nos últimos anos, também se observou esvaziamento do campo, fenômeno que se repete em outras regiões. 

 

Mesmo com o recuo no tamanho da área cultivada, Marialva continua reconhecida como a ‘Capital da Uva Fina’. Apesar do título, que remete ao volume de produção, o produto que saía dos parreirais rumo ao mercado, especialmente o paulista, não padecia de boa reputação. Culpa da comercialização de uvas fora do padrão de doçura. 

Como Marialva segue com o título de capital da uva

Na prática, o problema era o seguinte: para aproveitar preços melhores, comuns no início da safra, produtores aceitavam as boas ofertas de compradores e tiravam as uvas dos parreirais antes da maturação completa. Em muitos casos, a uva chegava verde ao consumidor final, que passou a rejeitar o produto quando identificava sua origem.

 

Isso mudou com a portaria que passou a exigir padrão mínimo para a colheita. Viticultores foram orientados a colher apenas quando o fruto alcançasse 13 graus brix, escala que mede a doçura. A exigência foi acompanhada de amplo trabalho de detalhamento técnico e comercial para explicar aos produtores as vantagens de evitar a colheita precoce.

 

A ‘Lei da Uva Verde’, como ficou conhecida a portaria, redesenhou o perfil da qualidade da fruta. Hoje, comercializada com o selo “Made in Marialva”, ela é reputada nos mercados mais exigentes. São Paulo é o centro econômico que mais busca o produto do município, que nos últimos anos migrou de variedades tradicionais para novos cultivares. 

Além da Uva, Marialva também está de olho em outras frutas

Itália,  Rubi e Níagara, ainda variedades bastante requisitadas pelo consumidor, passou a dividir espaço com uvas sem sementes. São mais difíceis de produzir, em função de tratos culturais mais exigentes, mas a remuneração compensa os esforços. Além do plantio de novas variedades, o município redesenha sua fruticultura com a diversificação. 

 

Pitaia, banana, maracujá e goiaba são culturas que ganham cada vez mais espaço não apenas onde havia uva, mas também avançam sobre áreas próprias. Mas o problema da falta de mão de obra permanece sem solução aparente, considerando que o manejo e a colheita são manuais. Produtores se viram como pode, mantendo áreas pequenas de cultivo.

 

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Redação

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