Repete-se hoje à noite, em jogo pela Copa do Brasil, a prática criminosa de extorsão no entorno do Estádio Willie Davids, espaço dominado por ‘flanelinhas’ que cobram entre R$ 10 e R$ 20 para uso do estacionamento público. A atividade é aceita pela gestão pública e tolerada sem restrição pelos agentes de segurança que, mesmo provocados a tomarem alguma providência, se negam a intervir. O grupo de ‘flanelinhas’ já é conhecido e parece manter uma relação amistosa com quem deveria aplicar a lei. O mais curioso é observar que o cidadão aceita o pagamento da taxa sem reclamação, mesmo sabedor que o espaço é público e, portanto, de usufruto da comunidade sem custo algum, além dos tributos municipais de praxe. Portanto, se reproduz fora do estádio a mesma tolerância que se vê dentro da arena, onde uma série de irregularidades não são alcançadas pela fiscalização. Ou melhor: são vistas, mas aceitas com a normalidade de um xingamento contra o juiz. Importante lembrar que os ‘flanelinhas’ atuam no espaço de forma perene, e não só em dias de jogos. É território dominado, com a diferença de que a competição atrai um cliente mais entusiasmado, disposto a pagar mais e sem questionar. Jogo tem hora para começar e acabar. Talvez a lógica esteja nessa percepção.
Calçada
Ainda sobre o estádio, o domínio sobre o espaço é tamanho que os veículos são orientados pelos ‘flanelinhas’ a ocupar a calçada, o que é feito, reitere-se, sob o olhar conivente de agentes de segurança. A passagem de pedestres é dificultada e a situação repete-se a cada jogo, especialmente à noite.
Simpatia
Fausto Herradon, ex-prefeito de Floraí e atual secretário de Assuntos Metropolitanos da Prefeitura de Maringá, integra uma seleta lista de integrantes da gestão municipal que mantém uma simpática relação com a imprensa. Sempre que acionado se dispõe a atender colegas e esclarecer demandas, em gesto que não merece elogios, mas reconhecimento.
Trabalho
Na pasta em que é titular, se falta recursos, sobra esforços para mapear as demandas regionais e buscar soluções conjuntas. Ainda que tenha um pequeno acervo de avanços, mais na área de discurso no primeiro mandado do prefeito Ulisses Maia, agora parece que alguns problemas relevantes entre as cidades conturbadas vão encontrar soluções
Entusiasmo
Herradon se mostra entusiasmado com mudanças na forma do governo estadual tratar as regiões metropolitanas, agora reduzidas à metade (de 8 para 4 a saber: Curitiba, Londrina, Maringá e Cascavel), e já corre o trecho para organizar projetos e, assim, alcançar recursos para obras, por exemplo, de mobilidade, como novas ligações entre Maringá e Sarandi.
Buracos
As reclamações sobre buracos em vias públicas costumam se intensificar no início do ano, quando as chuvas apressam a deterioração do asfalto e alargam crateras. Natural que assim seja (as críticas e os problemas), mas também é importante reconhecer que a prefeitura faz a parte dela com trabalho intenso de recuperação de vias.
Velocidade
O trabalho de recuperação se estende aos finais de semana e alcança vias em todas as regiões da cidade. Vale destacar que a velocidade dessas intervenções depende de uma trégua nas chuvas. Sob água, não é possível realizar nenhum procedimento de recape ou tapa buraco. Mas diante de tantos buracos, a paciência do cidadão é cada vez menor.