Especialista diz que cidades deixam de gerar renda e emprego

Especialista diz que cidades deixam de gerar renda e emprego sem estímulo ao turismo

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Especialista diz que cidades deixam de gerar renda e emprego sem estímulo ao turismo

Especialista diz que cidades deixam de gerar renda e emprego sem estímulo ao turismo

 

Não é novidade que um destino competitivo tende a possuir mais produtos turísticos e de qualidade que outras cidades, mas é importante entender que turismo se faz com um conjunto de produtos. A afirmação é do especialista em turismo Luiz Fernando Neves. Ele aponta ainda que o caminho para formatar um produto e desenvolver ações para valorizá-lo como ativo importante na geração de emprego e renda não é tão difícil como faz sugerir o problema. 

 

“Primeiro, é necessário a intervenção de profissional habilitado, capaz de fazer o correto diagnóstico das potencialidades do município e, a partir daí, estabelecer as diretrizes de curto e médio prazo para explorá-las”, afirma Luiz Fernando. O profissional acrescenta ainda que se trata de trabalho exigente em conhecimento para implantação e mais ainda na manutenção. “Tudo passa pela decisão do gestor em abrir possibilidades e enxergar o turismo como motor de economia local”, conclui. 

 

De acordo com dados do Plano Paraná 2026, mais de 11 milhões de embarques e desembarques foram feitos no Paraná em 2015. No quesito empregos no setor, segundo dados da  da Relação Anual de Informações Sociais de 2014 (RAIS), o estado gera 150 mil empregos.

 

“Outro dado interessante do estado do Paraná foi o aumento do gasto médio per capita, que avançou para US$ 80 e a permanência média do visitante evoluiu de 2 dias em 2010 para 4,5 dias, em 2015. Imaginemos esses números melhores distribuídos no estado e potencializados com mais cidades turísticas”, avalia Luiz Fernando.

 

O especialista em turismo explica que o portfólio de destinos oferecidos por empresas do setor pode ser ampliado com a compreensão de que a maioria dos municípios tem algum atrativo com potencial para ser explorado. “É simples: se não tem produto, não tem dinheiro circulando”, afirma. Segundo  o Índice de Competitividade das Viagens e Turismo (TTCI) do Fórum Mundial Econômico, o país deixa de arrecadar US$ 49 bilhões por ano sem esse esforço. 

 

País está aquém do potencial turístico, diz especialista

 

O  Brasil é o 6º do ranking cultural e natural, porém, na hora de converter isso em dinheiro, literalmente, o país ocupa apenas a 46ª posição. De acordo com Luiz Fernando, o País poderia gerar US$55 bilhões, mas permanece na casa dos US$ 6 bilhões.  “Ativar os recursos do seu município é tarefa de casa. Não só aos gestores públicos. Isso traz à tona a grande oportunidade de empreender no turismo. As pessoas querem viajar, e viajar próximo de casa. Mas onde estão as opções de compras de passeios? provoca.

 

Luiz Fernando faz algumas comparações para ilustrar sua percepção. “Um restaurante que pensa apenas em saciar a fome, é só mais um restaurante. Um hotel que acha que só aluga quartos, é apenas mais um hotel. A cidade que não estuda seu potencial, é só uma cidade”, explica. “A tarefa não é simples, mas com a compreensão do que significa exatamente turismo e esforço coletivo, os obstáculos são superados”, acrescenta. 

 

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