A duplicação da PR-317, em trecho de 21,8 km entre Maringá e Iguaraçu, finalmente vai deixar de ser promessa política para ser executada. Importante destacar o empenho do governador Ratinho Junior no processo e do presidente da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim) Michel Felipe Soares, quem liderou o esforço para desenhar o projeto básico da duplicação.
Vale reforçar que uma enorme quantidade de políticos tenta tirar vantagem do investimento, arvorando responsabilidade pelo seu encaminhamento, quando na verdade é um ato de governo, dentro da política de valorização da infraestrutura de transporte. Aliás, importante sublinhar os investimentos do governo estadual na ampliação e reforma da malha rodoviária do Estado. Enorme volume de obras em andamento.
Todos os dias cerca de 20 mil veículos trafegam pelo trecho Maringá-Iguaraçu, a maioria caminhões. O fluxo intenso e a manutenção precária, ainda que seja necessário reconhecer obras de recape em alguns trechos da rodovia, deixa o trânsito pesado e perigoso. Muitos acidentes são provocados não apenas pelas condições, mas também por ser pista única.
Em licitação envolvendo 11 empresas, lance de R$ 183,4 milhões arrematou a obra de duplicação pela modalidade Regime Diferenciado de compra (RDCi). Serão feitos serviços de execução de terraplenagem, dispositivos de drenagem e obras de arte correntes, galerias celulares, passa-fauna, pavimentação, obras de arte especiais (pontes e viadutos), sinalização, melhorias ambientais e demais serviços complementares.
O prazo para execução, após assinatura do contrato e emissão da ordem de serviço, é de 720 dias (24 meses). Os projetos básico e de engenharia devem ser finalizados durante os primeiros 210 dias, mas os serviços no trecho podem iniciar até os primeiros 180 dias, conforme os projetos, divididos em subtrechos, forem sendo aprovados.
O trecho que será duplicado compreende uma área de notória expansão econômica, com parque industriais e até mesmo um grande condomínio horizontal, que, na avaliação de profissionais da área imobiliária, ainda não alcançou sua plena ocupação exatamente pelos riscos da mobilidade. A previsão de concluir a licitação e realizar a obra em dois anos cria expectativas econômicas importantes. O empresariado está confiante que o início das obras seja já no segundo semestre. Por isso há uma movimentação de redes hoteleiras, de restaurantes e supermercados que pretendem tirar do papel empreendimentos, de olho nas perspectivas geradas pela duplicação.
Exatamente no ponto em que será iniciada a duplicação, junto a uma grande universidade e parque industrial, terrenos ociosos indicam a construção de estruturas modernas de lazer, entre elas um condomínio horizontal e um imenso parque. Importante destacar que a área é rural e, portanto, sujeita a avanços na incorporação do espaço ao plano urbano para amparar legalmente a ocupação.
Portanto, mais do que garantir mais segurança ao trânsito de veículos e caminhões, a duplicação da PR-317 entre Maringá e Iguaraçu vai promover o desenvolvimento econômico de trecho já ocupado por diversas atividades, mas que depende de condições mais adequadas de tráfego. Essa perspectiva já impacta no valor do metro quadrado ao longo da via, especialmente na área urbana de Maringá.