‘Buracão’ para saudosistas, parque Alfredo Nyffeler espera por reforma como disputada área de lazer - Paraná da Gente

‘Buracão’ para saudosistas, parque Alfredo Nyffeler espera por reforma como disputada área de lazer

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Buracão’ para saudosistas, parque Alfredo Nyffeler espera por reforma como disputada área de lazer

 

O Parque Alfredo Nyffeler, cravado entre dois bairros de Maringá (Vila Morangueira e Jardim Alvorada), espera por uma reforma há anos. A intervenção no local chegou a avançar com projeto paisagístico e consta que até parte dos recursos, cerca de R$ 1 milhão, estava carimbado por um deputado federal. Nem uma coisa e nem outra teve desfecho e o ‘Buracão’, como é conhecido, permanece como um belo monumento à natureza, um lugar de contemplação, convivência e prática de exercício que contorna o imenso lago natural, formado a partir da nascente do ribeirão Morangueiro.

Antes dos 104 mil metros quadrados do local se transformarem no Parque Alfredo Nyffeler, homenagem ao proprietário da área nos primórdios da colonização da cidade, o ‘Buracão’ era uma área degradada, frequentada por ‘racinhas’, como eram conhecidas as gangues nos anos de 1970, e destino de todo tipo de resíduos. O ‘lixão’ incomodava o entorno, especialmente os novos moradores do recém-construído conjunto habitacional fronteiriço à área. Além disso, era necessário recuperá-la para preservar a nascente do ribeirão Morangueira, que corre rumo ao Pirapó, rio de onde a cidade retira sua água potável. O então prefeito, Said Ferreira, resolveu agir.

A imensa erosão em que se tinha transformado a área, origem do nome ‘Buracão’, era desafio perfeito para as gigantescas dragas do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) posicionadas em Paranavaí, como parte do esforço para combater voçorocas na região Noroeste. Solo pouco resistente, o arenito sucumbia à erosão a ponto de ameaçar áreas urbanas. As máquinas já haviam cumprido sua função e foram deslocadas para Maringá, dando início ao processo de revitalização. Finalizado esforço, as duas dragas apodreceram no pátio do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) na cidade. Estimava-se em US$ 1 milhão cada.

Dragas seriam deslocadas par ao parque como parte da história

Parte de uma delas ainda pode ser vista sobre o muro, um longo braço estendido corroído pela ferrugem. Destino poderia ter sido outro se logo após a inauguração do parque tivesse sido cumprida a promessa (ou projeto) de deslocar as dragas para dentro da área revitalizada, dando aos equipamentos alguma utilidade história. Mas nunca saíram do local designado a elas e muito menos voltaram a ser usadas em alguma obra em na cidade ou região. Se perderam no tempo como máquinas e história, mesmo posicionadas a não mais de 1000 metros de onde prestaram um grande serviço de combate a erosão para transformar um buraco num parque.

Inaugurado na primeira gestão do prefeito Said Ferreira (1982-1988), que voltaria ao cargo quatro anos depois, sucedendo a Ricardo Barros que não conseguiu emplacar seu candidato, Miro Falkemback, então secretário de Infraestrutura, o Parque Alfredo Nyffeler é representativo de alguma ousadia ambiental num tempo em que o tema ainda não era prioridade. O local aguarda ansioso por um reforma que o valorize ainda mais como espaço de lazer, inclusive para

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