A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) cobra do governo estadual solução para evitar que as rodovias do estado se deteriorem ainda mais e comprometo o setor produtivo. “Diante da situação que estamos vivenciando nas estradas rumo ao litoral do Paraná, pedimos agilidade na solução dos problemas. A colheita da safra de verão vai aumentar o tráfego de caminhões, e estamos temerosos quanto ao escoamento da riqueza paranaense e de outros Estados, que também utilizam o Porto de Paranaguá”, destaca o presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR, Ágide Meneguette.
Desde o dia 28 de novembro de 2021, quando terminou a concessão de pedágio do Anel de Integração no Paraná, as rodovias estaduais e federais estão em estado de abandono, sem manutenção, asfalto em péssimas condições e ausência de guinchos e demais serviços de auxílio a quem transita pelas estradas. Para complicar ainda mais a viagem dos motoristas, desde outubro de 2022, incidentes geológicos registrados nas rodovias BR-277, BR-376 e na Estrada da Graciosa provocaram a interdição parcial e/ou total das vias rumo ao litoral do Estado.
Atualmente, percorrer os pouco mais de 100 quilômetros entre a capital Curitiba e o litoral se tornou um desafio que pode levar até sete horas. A situação deve se complicar ainda mais nos meses de fevereiro e março, quando ocorre o escoamento da safra paranaense de verão, estimada em 25,5 milhões de toneladas (21,4 milhões de soja e 4,1 milhões de milho), gerando um aumento considerável no fluxo de caminhões rumo ao Porto de Paranaguá. A estrutura também recebe os
Existe ainda o risco de faltar carga no Porto de Paranaguá, o que atrasaria o embarque dos navios e a cobrança de demurrage (multa paga pelo contratante ao dono da embarcação quando a demora no porto ultrapassa o prazo acordado). Segundo cálculos do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema FAEP/SENAR-PR, caso falte carga, um navio com capacidade para 60 mil toneladas de soja pagaria uma multa de R$ 2,63 por tonelada de soja/dia, ou seja, mais de R$ 157 mil por dia de atraso. “Isso acaba impactando no bolso do produtor rural e também da população”, alerta Meneguette. (Com informações do Sistema FAEP)